Consumo de áudio
Ao lembrar de março de 2020, provavelmente você se recorda do início da pandemia e de milhões de pessoas passaram dias, semanas e meses em suas residências. O que muita gente ainda pode não ter percebido é como esses meses mudaram a nossa forma de consumir obras, conteúdos e até nos propôs novas formas de pensamento.
Há muitas pessoas que tiveram um tempo livre que não existia antes e foram em busca de novas atividades e formatos. O áudio foi uma delas. E existe também quem intensificou algum consumo, como uma pesquisa da Audio.ad que identificou um aumento ou estabilidade de consumo de áudio na quarentena em mais de 80% dos entrevistados.
É fato que o áudio — no formato digital, pois na nossa vida já está presente há muitos e muitos anos — foi acelerado pela pandemia. Em um mundo tão frenético, conseguir escolher o que ouvir e dedicar a atenção, mesmo que não totalmente, trouxeram calmaria em um momento turbulento.
O áudio também foi utilizado por aquelas pessoas que não queriam se sentir sozinhas durante o isolamento, como uma forma de desestressar, descansar ou até para ter algum entretenimento enquanto lavava a louça ou praticava algum exercício físico. O formato surge como uma alternativa para quem quer fugir das telas digitais, onde estamos expostos à televisão, celular, computador e monitores o tempo todo e muitas vezes todos juntos.
Mais do que um player de músicas, os podcasts, contos e audiobooks ganharam espaço na geração Z — que estão ingressando no mercado de trabalho agora. Há uma oportunidade de atingir um público novo, que busca por novidades e está disposto a dedicar o seu tempo — e dinheiro — no que acredita que vale a pena.
Justamente por ser utilizado em tarefas de relaxamento, o áudio não necessita de 100% da atenção, diferente de um livro ou vídeo que requerem total concentração. Escritores de audiobook precisam levar esse fator em consideração: será que colocar diversos detalhes das personagens cativa ou dispersa a audiência? É necessário validar o que faz mais sentido para o público-alvo, duração e plataforma de reprodução.
Um fator positivo do formato é que o leitor se sente à vontade para participar da conversa. Muitas pessoas passaram a ouvir podcasts e audiobooks por conseguirem criar uma conexão com o outro lado e se sentirem numa conversa com um amigo. Há estudos que mostram que é mais fácil um ouvinte criar conexão com alguém somente pela voz do que com um apresentador de televisão, onde há o apoio dos recursos visuais.
Com comodidade e facilidade, as plataformas de streaming perceberam uma busca maior pelos audiobooks e disponibilizam cada vez mais um catálogo maior de acordo com a adesão do livro. Para o autor e sua equipe, fica o desafio de definir uma frequência ideal de lançamento dos episódios caso haja sequências e também de disponibilizar o livro em texto para pessoas surdas. O áudio deve fornecer mais uma opção de consumo e não ser a única forma para não tornar o conteúdo excludente para mais pessoas.
Se você precisa de uma referência, conheça “Sofia”, a primeiro áudio série da Spotify Brasil para inspirar nas suas criações.
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